14/07/2012

e não havia tempo

contra a nortada, as listas do pára-vento
o desejo do toque no pé descalço.

O barco Maerks saía do porto, 
o sinal fechava, a ponte fechava.

E era o verão
ou qualquer coisa próxima da solidão.

3 comentários:

  1. "...E era o verão
    ou qualquer coisa próxima da solidão..."

    Que coisa tão estranhamente fantástica: o verão, sol, alegria, e tempo de pessoas alegre e tristenmente "sós", e de pessoas que se recatam na sua solidão (esquecida ou criada, triste ou revigorante)!

    PS: Num momento anterior, uns 15 minutos antes, a cerca 700 km de casa, do outro lado da fronteira, numa casa de praia, alugada para as férias da " revigorante solidão", olho para um monte de livros se encontam pousados num móvel da casa. Agarro um deles, depois outro e finalmente o terceiro: "Um rio de contos". Abro-o aleatoriamente. Página 149. Reparo num nome que conheço de há bastantes anos. Não era suposto encontrar um livro em português Fantástico. Também aqui... Um conto com o título, "Em Memória". Tenho de lê-lo. É rapido. Leio outra vez. De repente tentei lembrar-me das Marias e dos Antónios que lá conheci, de 13, 14, 15, 16, e 17 anos e até mais velhos, pouco mais...
    Quando a memória nos trai, mas há um livro, um conto, uma Maria, para revigorá-la tudo fica muito mais perto...da realidade vivida! Pelo menos!

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  2. Curioso: não me lembro nada dos "...mais velhos...", por isso, os anos que passaram foram poucos...mas o suficiente para ficarmos mais velhos. Uns mais que outros!

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