18/07/2012

Quartas à tarde

Tinhamos a possibilidade de quase tudo. A corrida, a estafeta, o salto em comprimento. Melhor ainda, o desejo do arco suspenso acima da fasquia, a queda livre. O colchão azul. Mais tarde, a equipa de voleibol,  os serviços salvos fora da linha, o mergulho junto dos treinadores. A dissidência à regra. Cartão vermelho.
Ninguém nos tinha dito que o tempo a favor de todas as possibilidades acabaria. Acabaria o ciclo,  o treino, a diversão, a determinação instruída. A meta fixa fora sempre um truque, um sinal para as mãos se juntarem no banco do autocarro e assistir gratuito ao concerto no estádio municipal. Tudo o resto, desvarios, distrações contra as árvores iguais.

1 comentário:

  1. As quartas à tarde, as tardes desportivas, a ilusão, a verdade, o prazer. Era isso ou outra coisa qualquer...?

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