Um empregado de mesa chamou a atenção de Bluma Zeigarnik. Um empregado que pela sua pulcritude seria objecto de estudo. Um objecto já se sabe é generalizável. Um empregado de mesa poderia ser todos os empregados de mesa, e os empregados de mesa todos nós.
Bluma encantou-se com a facilidade com que os senhores memorizavam os pedidos até à sua entrega na bandeja. Dedicou-se a estudar onde poderia prever que a memória ficasse viva, essa circunstância como um osso exposto na sua fractura - as tarefas inacabadas. Depois dela, outros replicaram o assunto. Coisas suspensas, interrompidas, adiadas, qual a valência? Que matiz tem o que se estende pelo tempo como um cão fiel mas raivoso?
O inacabado é sempre lembrado.
Ana Tereza Fernandez |
Pois é... E como é que se sossega, o inacabado?
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