com uma flauta de fundo
com a adolescência toda de fora.
deixemos crescer a erva
como se fosse parte da fauna.
a erva crescida interessa-me tanto.
a erva crescida fica bem com a tua barba.
deixa-me embaraçar
a erva.
deixa que nos confundam
que pensem que somos
um pouco menos do que erva
que somos exemplares da nossa solidão
que somos um tempo húmido e miserável
que somos só
um
templo
um
tumulto."
Catarina Nunes de Almeida, "Meditações sobre o fim - os últimos poemas", Hariemuj Editora, 2012
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