11/03/2015

Amor

Não havia amor
que fosse tão feliz - era o último
porque do primeiro não se lembrava.

A fluorescência que bafeja 
os pássaros tão reais à proximidade 
o riso que convalesce de pés torcidos à água
a carne de quem troca osso por osso.

Com um total assombro
vislumbrava a felicidade.

Mas visto de fora
a morte pairava
e o amor a isso sujeito - não o último
mas o primeiro que se lembrava.

Armanda Passos






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