"guardou o seixo a mulher
como lembrança viva do sonho
no casaco justo
o seixo é tão polido
que nada se lhe pode inscrever
e a mulher demora-se
no medo esborratado
do bâton nos lábios
e todos rindo da soberba
com que levanta o saiote
e o afasta da ameaça
a lama em que traz os pés"
Ana Paula Inácio, As vinhas do meu pai, Quasi Edições, 2000
Sem comentários:
Enviar um comentário