09/06/2014

Vê-se pelos dedos,

não é relativa

a distância dos amantes
que se protegem da chuva
dos pássaros
e das laranjas descuidadas
lá fora

não é relativa
a sede ao sacro
à hora e à mesa,

vê-se pela boca,

não é relativa
a febre
e a sua distância a um rio.

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