05/06/2013

Difícil distinguir

entre o sono e a mesa,
o desatento sussurro lá fora,
o copo tombado,
o escuro sem lugar que se defina,

entre a preferência e o afastamento,
o lábio humedecido,
a curvatura da anca distorcida,
a mensagem para desengajar em pernas disponíveis,

entre o possuir e o perder
o tiro para acertar na hora vaga,
a vigília do telefonema das 24,
a probabilidade do vício em duas mãos,

entre a casa e a rua,
o sonho que,
o corpo que,
o jogo que,

consegues distinguir?

É que me é difícil
a melancolia.

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