25/03/2013

Luiz Ruffato "Oitavo poema"

"E súbito compreendo o primeiro não:
meus frágeis pés tocaram a água fria
e vi, quando descidos dos retratos ovais,
rostos entulhavam a despensa de histórias.

E súbito compreendo o primeiro não:
meus braços cingiram a madrugada
rejeitando nomes, tão pouca terra
para tão grandes desaparecimentos.

E súbito compreendo o primeiro não:
o tempo avança do agora para o anteontem."

1 comentário:

  1. Muito importante, o primeiro não e todos os que se seguem. Difícil de dominar, a arte de dizer 'não'. Mas pode ser questão de vida ou morte.

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